Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
Atos 1:8
O brasil é reconhecido internacionalmente como um grande celeiro de missões, a cada dia que passa mais e mais de nossos vocacionados são direcionados a obra missionaria em outros países exaltando muitas das vezes o nome de organizações internacionais que pouco fazem pelo nosso povo e ainda retiram de nosso país aquilo que ele tem de melhor, que a mão de obra para os campos missionários.
Um outro questionamento que eu me faço é que será que a mesma pessoa que se comove com a dor de povos estrangeiros, não é capaz de se comover com a dor de seus patrícios? Todos os dias ao ligarmos os televisores ou acessarmos as Redes Sociais e Sites de noticias, somos constrangidos com cenas e informações que muitas das vezes nos fazem chorar, e o pior! Tudo aqui ao nosso lado! Com o nosso povo e a nossa gente! E nós e nossas Igrejas estamos tão envolvidos com as "Missões Internacionais" que muitas das vezes fechamos os olhos para a nossa "Jerusalém" e já queremos ser testemunhas de Cristo nos "confins da Terra". A mesma sede que sente uma pessoa de outro continente sente um nordestino na Caatinga ou mesma necessidade de povo que ainda não foi alcançado por não se haver uma tradução das escrituras é a necessidade de nossos indígenas com suas centenas de dialetos ou as prostitutas de países asiáticos são superiores as de nossas ruas?
Eu não sou cético a respeito de todos que são enviados a missões internacionais, eu creio em "chamadas" especificas de acordo com a sua utilidade para o Reino e a necessidade que o Reino de Deus possa ter de algum talento, conhecimento ou dom pertinente aquele que foi enviado.
Mas eu firmemente acredito que a melhor Escola de Missões que possa existir é a da compaixão ao seu próximo e será que é necessário ir tão longe para sentir isto? Todos os dias ao andarmos pelas ruas das grandes cidades ou mesmo pelos caminhos matreiros das aldeias nacionais, damos de frente com pessoas ou situações aonde a Igreja de Cristo poderia intervir positivamente.
Uma coisa que eu tenho aprendido nesta caminhada é que a melhor forma de se expressar o amor é servindo, se despindo muitas das vezes de seus planos pessoais e desejos em prol de uma causa que você considera ser maior que a sua vida. E aquele que consegue chegar a este patamar de envolvimento desfruta de algo que é muito raro nos dias atuais que é o "Amor de forma pratica" e não apenas de palavras.
Vemos as grandes Escolas de Missões e organizações com o seus inúmeros projetos para todos os chamados, gostos e bolsos utilizarem da mão de obra missionaria brasileira paga pela Igreja nacional e isto fez com que esta mesma Igreja se acomoda-se em uma zona de conforto. Toda a vez que um jovem se sente vocacionado ele conversa com seus pastores que automaticamente fazem contato com uma destas organizações para enviar o seu mais novo vocacionado que passa um tempo lá aprendendo teoricamente toda Teologia de Missões que eles conseguem enfiar na cabeça dele, para só depois o enviar a algum de seus projetos e isto é mal? Não de forma alguma! Sim aquele que vai para o campo tem que possuir em sua mochila conhecimentos da Palavra de Deus e estratégicos para o sucesso de seu trabalho. O que eu quero causar um despertamento é que o papel de fazer Missões seja elas internacionais ou não, é da Igreja e não de organizações! Uma ótima escola de missões seria frequência nos cultos de aprendizagem da palavra, presença eficaz nos evangelismos
da Igreja e na obra de assistência social. Se o "missionário" não consegue levar a palavra de vida a uma cracolândia como levará a um pais devastado por uma guerra? Igreja esta na hora de despertar e cumprir a ordem que foi dada a você! Estamos passando para Organizações e Escolas uma ordenança que foi dada a Igreja e eu considero isto algo grave mas que ainda há tempo para ser repensado e posto em pratica da forma correta.
fato
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