Jezabel, a rainha má.
(também Jezebel) foi uma princesa fenícia casada com o rei Acabe de Israel. O significado do nome Jesabel ou Jezebel é “Baal exalta” ou “Baal é marido de” ou “impuro”.
Jezabel era filha do rei dos Sidônios
Etbaal, tendo o seu casamento com Acabe sido o resultado de uma aliança
que tinha como objectivo fortalecer as relações entre Israel e a
Fenícia. A sua história é conhecida através do Primeiro Livro de Reis do Antigo Testamento.
Sua vida é mostrada no Livro de Reis como a esposa do Rei de Israel,
Acab, que se mostrou promíscuo e fraco, deixando-se dominar pela mulher,
filha de um rei fenício, de forte personalidade feminina.
Jezabel era sacerdotisa dominadora e potencialmente religiosa e se
denominava porta voz de Deus. Isso a categorizava "profetiza".
Ao contrair matrimônio com o Rei de Israel, ela passou a ditar as
ordens de acordo com o que ela acreditava ser a verdade. Como mística
ela passou a ser considerada sacerdotisa e ensinadora, deste casamento vieram 3 filhos.
Sua influência foi abalizada pelo rei Acab e cresceu a níveis
incontroláveis, superando os próprios rabinos e sacerdotes,
submetendo-os a suas ordens. Israel passou a ser um reino teocrático e
Jezabel cresceu politicamente e ordenava sobre o clero sacerdotal,
obrigando os próprios sacerdotes israelenses a cultuar a Baal.
Suprimindo os rituais mosaicos, Jezabel passou a cultuar a Baal de
forma ostensiva e dominadora, sacrificando crianças em nome da santidade
e inocência. Sua atuação mistica superava as expectativas dos
Israelenses que aceitavam tudo de forma normal.
Jezabel continuou a adorar os deuses fenícios, mas não se limitou a isso, pois combateu o Deus
de Israel e perseguiu todos os seus seguidores. Recorreu ao dinheiro do
tesouro público para sustentar os 450 profetas (ou s nos tempos de
Elijah e acerdotes) do deus Baal
e os 400 profetas da deusa Achera (deusa fenícia da fertilidade). No
palácio real seria mesmo construído um templo dedicado a Baal.
Aparentemente o seu próprio marido sentiu-se atraído pelo culto destes
deuses, relegando Javé para segundo plano. Os sacerdotes e profetas israelitas foram eliminados ou então tiveram que se exilar no deserto devido à perseguição promovida pela rainha.
Um profeta até então desconhecido pelo seu nome verdadeiro surgiu
confrontando-se com os ensinamentos de Jezabel. Sua mensagem era o que
passou a ser o seu próprio nome: "Elias" que quer dizer: O Senhor é Deus!
A mensagem do profeta desconhecido passou a contrastar religiosamente e
provocou terror entre os rabinos e sacerdotes que passaram a exigir
dele uma prova contundente em forma de "sinal" de comprovação de sua
autenticidade. Era necessário que Elias provasse o seu chamado por Deus,
bem como a verdade sobre a sua mensagem.
A resistência local contra esta política religiosa foi encabeçada pelo profeta Elias. Numa espécie de concurso religioso levado a cabo no Monte Carmelo,
Elias derrotou todos os profetas de Baal, que morreram, pretendendo
desta forma o Livro de Reis mostrar como o Deus de Israel era a única
divindade. Jezabel foi desmascarada e desacreditada publicamente. Quando
Jezabel soube disto ficou furiosa, pretendendo mandar matar Elias, que
teve fugir para Judá.
O sinal marcante nos tempos de Elijah e Jezabel foi o grande desafio
para essa comprovação: A proposta de Elijah foi a construção de dois
altares: O de Baal e o de YHWH, conhecido como o Deus "El" de Abraão. O
fogo incendiou o altar de Elijah e o povo passou a hostilizar todos os
sacerdotes que serviam a Baal e os mataram.
Elias foi perseguido e refugiou-se após o sinal da chuva que havia
predito. Seu ministério termina pela ordem de YHWH que escolhe Eliseu
como seu sucessor.
Mulher determinada e independente, Jezabel não olhava a meios para conquistar os seus objectivos. Acabe desejava a vinha de Nabote,
contígua ao palácio de Jezrael, mas este recusou-se a vendê-la.
Sabendo-se disto, Jezabel envolveu-se na questão, enviando cartas em
nome de Acabe aos chefes de Jezrael. O conteúdo das cartas ordenava a
detenção de Nabot por blasfêmia contra Deus e contra o rei e a execução deste por apedrejamento sob denúncia de duas falsas testemunhas. Segundo a lei da época, a propriedade
de alguém que tivesse cometido estas acções passaria para o rei. Nabot
foi executado e Jezabel presenteou o marido com a vinha. Quando Elias
soube desta acção profetizou que "os cães
devorariam Jezabel e seus parentes no campo de Jezrael, e seus restos
mortais seriam espalhados como esterco. Assim ninguém poderá dizer que
esta era Jezabel".
Um comandante chamado Jeú liderou uma revolta contra a família real, na qual matou o filho de Jezabel, Jorão. Quando Jezabel soube da revolta pintou os olhos e adornou a cabeça, desafiando Jeú da janela do palácio. Este ordenou aos eunucos da rainha que a atirassem da janela (defenestração):
Jezabel morreu, tendo o seu sangue atingido as paredes e os cavalos.
Uns cães que por ali passavam devoraram o corpo da rainha, exatamente
como Elias profetizou.
Depois de ter feito uma refeição no palácio, Jeú ordenou que a
Jezabel fosse sepultada, dado que se tratava da filha de um rei. De
acordo com o Segundo Livro de Reis, os servos do palácio apenas
encontraram o crânio e os ossos dos pés e as mãos da rainha.
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