quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Estudo Biblico: O Esquema Jezabel (Parte II - D)

Jezabel, a rainha má.

(também Jezebel) foi uma princesa fenícia casada com o rei Acabe de Israel. O significado do nome Jesabel ou Jezebel é “Baal exalta” ou “Baal é marido de” ou “impuro”.
Jezabel era filha do rei dos Sidônios Etbaal, tendo o seu casamento com Acabe sido o resultado de uma aliança que tinha como objectivo fortalecer as relações entre Israel e a Fenícia. A sua história é conhecida através do Primeiro Livro de Reis do Antigo Testamento.
Sua vida é mostrada no Livro de Reis como a esposa do Rei de Israel, Acab, que se mostrou promíscuo e fraco, deixando-se dominar pela mulher, filha de um rei fenício, de forte personalidade feminina.
Jezabel era sacerdotisa dominadora e potencialmente religiosa e se denominava porta voz de Deus. Isso a categorizava "profetiza".
Ao contrair matrimônio com o Rei de Israel, ela passou a ditar as ordens de acordo com o que ela acreditava ser a verdade. Como mística ela passou a ser considerada sacerdotisa e ensinadora, deste casamento vieram 3 filhos.

Sua influência foi abalizada pelo rei Acab e cresceu a níveis incontroláveis, superando os próprios rabinos e sacerdotes, submetendo-os a suas ordens. Israel passou a ser um reino teocrático e Jezabel cresceu politicamente e ordenava sobre o clero sacerdotal, obrigando os próprios sacerdotes israelenses a cultuar a Baal.
Suprimindo os rituais mosaicos, Jezabel passou a cultuar a Baal de forma ostensiva e dominadora, sacrificando crianças em nome da santidade e inocência. Sua atuação mistica superava as expectativas dos Israelenses que aceitavam tudo de forma normal.
Jezabel continuou a adorar os deuses fenícios, mas não se limitou a isso, pois combateu o Deus de Israel e perseguiu todos os seus seguidores. Recorreu ao dinheiro do tesouro público para sustentar os 450 profetas (ou s nos tempos de Elijah e acerdotes) do deus Baal e os 400 profetas da deusa Achera (deusa fenícia da fertilidade). No palácio real seria mesmo construído um templo dedicado a Baal. Aparentemente o seu próprio marido sentiu-se atraído pelo culto destes deuses, relegando Javé para segundo plano. Os sacerdotes e profetas israelitas foram eliminados ou então tiveram que se exilar no deserto devido à perseguição promovida pela rainha.
Um profeta até então desconhecido pelo seu nome verdadeiro surgiu confrontando-se com os ensinamentos de Jezabel. Sua mensagem era o que passou a ser o seu próprio nome: "Elias" que quer dizer: O Senhor é Deus! A mensagem do profeta desconhecido passou a contrastar religiosamente e provocou terror entre os rabinos e sacerdotes que passaram a exigir dele uma prova contundente em forma de "sinal" de comprovação de sua autenticidade. Era necessário que Elias provasse o seu chamado por Deus, bem como a verdade sobre a sua mensagem.
A resistência local contra esta política religiosa foi encabeçada pelo profeta Elias. Numa espécie de concurso religioso levado a cabo no Monte Carmelo, Elias derrotou todos os profetas de Baal, que morreram, pretendendo desta forma o Livro de Reis mostrar como o Deus de Israel era a única divindade. Jezabel foi desmascarada e desacreditada publicamente. Quando Jezabel soube disto ficou furiosa, pretendendo mandar matar Elias, que teve fugir para Judá.
O sinal marcante nos tempos de Elijah e Jezabel foi o grande desafio para essa comprovação: A proposta de Elijah foi a construção de dois altares: O de Baal e o de YHWH, conhecido como o Deus "El" de Abraão. O fogo incendiou o altar de Elijah e o povo passou a hostilizar todos os sacerdotes que serviam a Baal e os mataram.
Elias foi perseguido e refugiou-se após o sinal da chuva que havia predito. Seu ministério termina pela ordem de YHWH que escolhe Eliseu como seu sucessor.
Mulher determinada e independente, Jezabel não olhava a meios para conquistar os seus objectivos. Acabe desejava a vinha de Nabote, contígua ao palácio de Jezrael, mas este recusou-se a vendê-la. Sabendo-se disto, Jezabel envolveu-se na questão, enviando cartas em nome de Acabe aos chefes de Jezrael. O conteúdo das cartas ordenava a detenção de Nabot por blasfêmia contra Deus e contra o rei e a execução deste por apedrejamento sob denúncia de duas falsas testemunhas. Segundo a lei da época, a propriedade de alguém que tivesse cometido estas acções passaria para o rei. Nabot foi executado e Jezabel presenteou o marido com a vinha. Quando Elias soube desta acção profetizou que "os cães devorariam Jezabel e seus parentes no campo de Jezrael, e seus restos mortais seriam espalhados como esterco. Assim ninguém poderá dizer que esta era Jezabel".
Um comandante chamado Jeú liderou uma revolta contra a família real, na qual matou o filho de Jezabel, Jorão. Quando Jezabel soube da revolta pintou os olhos e adornou a cabeça, desafiando Jeú da janela do palácio. Este ordenou aos eunucos da rainha que a atirassem da janela (defenestração): Jezabel morreu, tendo o seu sangue atingido as paredes e os cavalos. Uns cães que por ali passavam devoraram o corpo da rainha, exatamente como Elias profetizou.
Depois de ter feito uma refeição no palácio, Jeú ordenou que a Jezabel fosse sepultada, dado que se tratava da filha de um rei. De acordo com o Segundo Livro de Reis, os servos do palácio apenas encontraram o crânio e os ossos dos pés e as mãos da rainha.

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