Mais de 60 anos atrás, escavações nas cavernas de Qumran revelaram mil pergaminhos antigos que ofereciam vislumbres importantes no passado da humanidade.
Os arqueólogos ficaram perplexos ao encontrar um
texto incomum entre estes, um pergaminho que oferece pistas sobre o
desaparecimento dos Nefilins. Ele é chamado de O Livro dos Gigantes.
A Bíblia faz várias referências aos Nefilins e a maioria delas pode ser encontrada no livro de Gênesis. A maior parte das informações relativas a estes gigantes estão contidas no livro apócrifo de Enoque. Este antigo trabalho religioso judaico é atribuída ao bisavô de Noé, embora alguns estudiosos datam partes dele em torno de 300 a.C.
Enoch entre Anjos (litografia) |
Durante seu tempo aqui, o nosso planeta também era habitado por " anjos " que interagiram com os seres humanos livremente, eventualmente transando com as" filhas dos homens " e que consequentemente deram à luz a uma raça de híbridos anormalmente fortes e gigantes chamado nefilins.
A origem da palavra "Nefilin" não é totalmente compreendida, mas os estudiosos propuseram várias etimologias: "Aqueles que caíram do céu" "os caídos", "apóstatas", ou Independentemente do seu nome, os Nefilins sempre foram sinônimo de gigantes.
O livro dos gigantes encontrados nas grutas de Qumran oferecem uma perspectiva que é diferente daquele do Livro de Enoque. Embora incompleto, os fragmentos pintam um quadro sombrio: Os nefilins se tornam cientes de que, como resultado de suas formas violentas e desviantes, eles enfrentam a iminente destruição, e isso acabou assustando eles tanto que pediram a Enoch para falar em seu nome na frente de Deus.
O texto começa detalhando como os Nefilins vinham atormentado a Terra e tudo o que vivia nela. Mas, uma vez que todos eles começaram a receber sonhos proféticos da desgraça, o medo se infiltrou em seus corações. O primeiro a ter esses sonhos era Mahway, filho titan do anjo Barakel. Em seu sonho, ele viu um continente ser submerso em água. Isto simboliza a inundação e a subsequente destruição de todos.
Os gigantes agora perceberam a natureza profética de seus sonhos e procuraram a ajuda de Enoch. Infelizmente, Enoch já tinha desaparecido da face da Terra, de modo que um Nefilin eleito aconselhou a um dos seus membros a empreender uma viagem cósmica, a fim de encontrá-lo.
E isto se encontra no trecho do livro encontrado que diz:
[MAHWAY] montou no ar como ventos fortes, e viajou ao céu como águia [... Ele deixou para trás] O mundo habitado e passou a ver a grande desolação do grande deserto [...] e Enoque viu e saudou-o, e Mahway disse a ele [...] todos os gigantes aguardam as suas palavras Enoch"
Infelizmente, partes dos pergaminhos foram danificados, mas a direção geral do texto é óbvia. Um dos Nephilim viajou para fora da Terra em busca de Enoch e os seus poderes de interpretar visões e sonhos.
O texto torna-se muito interessante se substituirmos alguns termos e considerarmos não como um conto alegórico, mas a descrição de um verdadeiro evento cujo significado tornou-se confuso ao longo do tempo.
Enoch em meio a uma cena futurista. |
[...] Até Raphael chegar, eis que a destruição está chegando, uma grande inundação, e ela vai destruir todos os seres vivos e tudo o que está nos desertos e mares.''
Se eles oraram pedindo a ''Deus'' para mudar de ideia ou não, o texto não pode dizer. Mas eles parecem não estar mais aqui, mais uma vez provando a eficácia de um dilúvio global.
Mas enfim quem foram os Nefilins?
Dominio Nefilin na antiguidade. |
Outro dia, li um artigo no jornal que falava
de uma organização que torna disponível para determinadas mulheres o
esperma de ganhadores do Prêmio Nobel.
É muito mais difícil determinar as últimas
conseqüências dessas tentativas do que encontrar sua origem.
Seu início
está registrado no sexto capítulo do livro de Gênesis. Devo dizer, à
medida em que iniciamos o estudo destes versículos, que há mais
discordância por centímetro quadrado deste texto do que em qualquer
outro lugar da Bíblia.
Em geral são os estudiosos conservadores que têm
mais dificuldade com esta passagem. Isso é porque aqueles que não levam a
Bíblia a sério, ou literalmente, se apressam em classificar este
episódio como lenda. Os estudiosos conservadores precisam explicar este
acontecimento de acordo com o que Moisés afirmou que ele era, um
acontecimento histórico. Ainda que se levantem grandes diferenças na
interpretação desta passagem, o assunto não é algo que seja fundamental, algo que afetará o conteúdo principal que dá base à salvação eterna de
alguém. Aqueles dos quais discordo mais sinceramente, em geral, são meus
irmãos em Cristo.
Quem são os “Filhos de Deus”?
Criança Nefilin natimorta em dias atuais. |
1ª Opinião: A União dos Ímpios Cainitas com os Piedosos Setitas:
Aqueles que sustentam esta opinião dizem que “os
filhos de Deus” são os homens piedosos da linhagem de Sete. Eles acham
que as “filhas dos homens” sejam as filhas dos ímpios Cainitas. E os
“nefilins” são os homens ímpios e violentos que foram produzidos por
essa união irreverente.
O principal suporte para esta interpretação é o
contexto dos capítulos 4 e 5. O capítulo quatro descreve a ímpia geração
de Caim, enquanto que o capítulo cinco nos mostra a piedosa linhagem de
Sete. Em Israel, a separação era uma parte essencial da
responsabilidade religiosa daqueles que verdadeiramente adoravam a Deus.
O que teve lugar no capítulo seis foi uma transgressão dessa separação
que ameaçou a descendência piedosa através da qual nasceria o Messias.
Essa transgressão foi a causa do dilúvio que viria a seguir. Ele
destruiu o mundo impiedoso e preservou o justo Noé e sua família,
através dos quais a promessa de Gênesis 3:15 seria cumprida.
Sarcófago Nefilin. |
Primeiro e mais importante, esta interpretação não
fornece definições que surjam da passagem ou mesmo que se adaptem bem ao
texto. Em lugar algum os descendentes de Sete são chamados de “filhos
de Deus”.
O contraste entre a piedosa linhagem de Sete e a
ímpia linhagem de Caim pode estar sendo superenfatizado. Não tenho
absoluta certeza de que a linhagem de Sete, como um todo, fosse piedosa.
Enquanto todos os descendentes da linhagem de Caim parecem ser ímpios,
apenas um punhado de Setitas são chamados de piedosos. O que Moisés
indica no capítulo cinco é que Deus preservou um remanescente justo
através do qual Suas promessas a Adão e Eva seriam cumpridas. Têm-se a
distinta impressão de que poucos foram piedosos nestes dias (cf. 6:5-7,
12). Parece que apenas Noé e sua família poderiam ser chamados justos na
época do dilúvio. Teria Deus falhado em livrar qualquer outro que fosse
justo?
Além disso, “as filhas dos homens” dificilmente
poderiam ser restritas apenas às filhas dos Cainitas. No verso um Moisés
escreveu:
“Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes
nasceram filhas”
(Gn. 6:1)
É difícil concluir que estes “homens” não sejam os
homens em geral ou a raça humana. Segue-se que a referência às suas
“filhas” seria igualmente geral. Concluir que as “filhas dos homens” no
verso dois é algo diferente, um grupo mais restrito, é ignorar o
contexto da passagem.
Por estas e outras razões,
devo concluir que esta opinião é exegeticamente inaceitável. Ainda que
vá de encontro ao exame da ortodoxia, falha em submeter-se às leis da
interpretação.
2ª Opinião: A Interpretação dos Déspotas:
Reconhecendo as deficiências da 1ª opinião, alguns
estudiosos procuram definir a expressão “os filhos de Deus” comparando-a
com as línguas do Antigo Oriente Médio. É interessante saber que alguns
governantes eram identificados como filho de um deus em particular. No
Egito, por exemplo, o rei era chamado de filho de Rá.
No Antigo Testamento, a palavra hebraica para Deus,
Elohim, é usada para homens em posição de autoridade: “Então, o seu
senhor o levará aos juízes que agirão em nome de Deus” (Ex. 21:6, seguido do comentário da NASV).
“Deus assiste em sua própria congregação; Ele julga em meio aos governantes”
(literalmente, deuses, Sl. 82:1, cf. também 82:6)
Esta interpretação, como a dos anjos caídos, tem suas raízes na antiguidade.
De acordo com esta abordagem os “filhos de Deus” são nobres, aristocratas e reis.
Estes déspotas ambiciosos cobiçaram poder e riquezas, e
desejaram tornar-se “homens de renome” ou seja, célebres (cf. 11:4).
Crânios Nefilin Annunakis. |
Era o mesmo tipo de pecado
que Lameque, o descendente de Caim, praticava, o pecado da poligamia,
particularmente expresso na forma de um harém, instituição
característica das cortes dos déspotas do Antigo Oriente Médio. Neste
tipo de transgressão, os “filhos de Deus” com freqüência violavam a
responsabilidade sagrada de suas funções como guardiães das ordenanças
gerais de Deus para a conduta humana.
No contexto de Gênesis 4 e 5 encontramos algumas
evidências que poderiam ser interpretadas como base à opinião dos
déspotas. Caim fundou uma cidade e em seguida lhe deu o nome de seu
filho Enoque (verso 4:17).
As dinastias seriam mais facilmente
estabelecidas num cenário urbano. Também sabemos que Lameque teve duas
mulheres (verso 4:19). Apesar disto estar bem longe de ser um harém,
poderia ser visto como um passo nessa direção. Também esta opinião
define “as filhas dos homens” como mulheres e não como as filhas da
linhagem de Caim.
A despeito destes fatores, esta interpretação
provavelmente nunca teria sido considerada não fossem os “problemas”
criados pela opinião dos anjos caídos. Enquanto os reis pagãos eram
referidos como sendo filhos de alguma estranha divindade, nenhum rei
Israelita era assim designado. É verdade que os nobres e algumas
autoridades foram, ocasionalmente, chamados de “deuses”, mas não de
“filhos de Deus”. Esta opinião prefere ignorar a definição precisa dada
pelas próprias Escrituras.
Além disso, toda a idéia de homens famintos de
poder, procurando estabelecer uma dinastia formando um harém parece
forçada nesta passagem. Quem teria encontrado esta idéia no próprio
texto, a menos que a impusesse sobre ele? Ainda, a definição dos
Nefilins como sendo apenas homens violentos e tirânicos parece
inadequada.
Por que estes homens deveriam ser mencionados com deferência
especial se fossem simplesmente como quaisquer outros daquela época?
(cf. 6:11, 12) Apesar de a opinião dos déspotas ser menos violenta ao
texto do que a opinião dos descendentes de Sete e de Caim, ela me parece
ser inadequada.
3ª Opinião: A Interpretação dos Anjos Caídos:
De acordo com esta opinião, os “filhos de Deus” dos
versos 2 e 4 são anjos caídos, que assumiram a aparência da forma humana
masculina. Estes anjos casaram-se com mulheres da raça humana
(descendentes de Caim ou de Sete) e a descendência resultante foram os
Nefilins. Os Nefilins foram gigantes com superioridade física que então
se estabeleceram como homens reconhecidos por suas proezas físicas e seu
poderio militar. Esta raça de criaturas meio humanas foi exterminada
pelo dilúvio, junto com a raça humana em geral, que eram pecadores
confessos (versos 6:11, 12).
Golias "O Filisteu" morto por Davi era um Nefilin |
“Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.” (Jó 1:6).
Outra vez “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.” (Jó 2:1)
“Quando as estrelas da alva, juntas, alegremente
cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38:7, cf. Sl.
89:6, Dn. 3:25)
Os estudiosos que rejeitam esta opinião prontamente reconhecem o fato de que o termo preciso é claramente definido na Escritura.
A razão para rejeitar a interpretação dos anjos caídos é que tal opinião é tida como uma afronta à razão e às Escrituras.
Dizem que a principal passagem problemática é aquela
encontrada no Evangelho de Mateus, onde nosso Senhor disse: “Errais,
não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque, na
ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os
anjos no céu.” (Mt. 22:29-30).
Falam que nosso Senhor disse que os anjos não têm
sexo, mas, isto é mesmo verdade? Jesus comparou os homens no céu aos
anjos no céu. Não é dito nem que homens nem que os anjos sejam sem sexo
no céu, mas que no céu não haverá casamento. Não há anjos femininos com
os quais os anjos possam gerar descendência. Nunca foi dito aos anjos
“crescei e multiplicai-vos” como o foi ao homem.
Quando encontramos anjos descritos no livro de
Gênesis, fica claro que eles podem assumir a forma humana, e que seu
sexo é masculino. O escritor de Hebreus menciona que os anjos podem ser
hospedados sem o co-nhecimento do homem (Hb. 13:2). Certamente os anjos
devem ser bem convincentes como homens. Os homens homossexuais de Sodoma
eram muito capazes para julgar a sexualidade.
Eles foram atraídos pela
“masculinidade” dos anjos que vieram destruir a cidade (cf. Gn. 19:1 e
ss, especialmente o verso 5).
No Novo Testamento, duas passagens parecem se referir a este incidente em Gênesis 6, e dão base à opinião dos anjos:
“Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes,
precipitando-os no inferno os entregou a abismos de trevas,
reservando-os para o juízo.”
(II Pe. 2:4)
“E a anjos, os que não guardaram o seu estado original,
mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas,
em algemas eternas, para o juízo do Grande Dia.”
(Jd. 6)
Estes versos indicariam que alguns dos anjos que
caíram com Satanás não ficaram contentes com seu “próprio domicílio” e
então começaram a viver entre os homens (e mulheres) como homens.
O
julgamento de Deus sobre eles foi colocá-los em algemas
de modo que não pudessem mais servir aos propósitos de Satanás sobre a
terra como o fazem os anjos caídos ainda soltos que continuam a fazer
sua vontade.
Os Nefilins são claramente mencionados como
resultado dessa união entre os anjos caídos e as mulheres. Enquanto
estudos da palavra produzem numerosas sugestões para o significado deste
termo, a sua definição bíblica vem de apenas um outro único momento nas
Escrituras, Números 13:33:
“Também vimos ali gigantes (Nefilins) (os filhos de
Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios
olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.”
(Números 13:33)
Entendo, então, que os Nefilins sejam uma raça de super-humanos que são o produto desta invasão angelical da terra.
Um osso Nefilin. |
De fato, podemos supor o contrário. Somente Noé e sua família pareciam
justos à época do dilúvio.
Gênesis seis descreve uma tentativa desesperada da
parte de Satanás para atacar o remanescente piedoso que está relacionado
no capítulo cinco. Enquanto um descendente justo é preservado, a
promessa de salvação de Deus paira sobre a cabeça de Satanás ameaçando
sua condenação.
As filhas dos homens não foram estupradas ou
seduzidas. Elas simplesmente escolheram seus maridos da mesma forma que
os anjos as selecionaram, pela atração física. Agora, se você fosse uma
mulher qualificada naquela época, quem você escolheria? Escolheria um
homem atraente e musculoso, que tivesse reputação por sua força e
grandes feitos, ou aquele que parecia ser um fracote de meia tigela?
As mulheres ansiavam pela esperança de ser a mãe do
Salvador. Quem seria o pai mais apropriado para tal criança? Não seria
um “homem poderoso de renome”, que também seria capaz de se gabar da
imortalidade? Alguns dos piedosos descendentes de Sete viveram
aproximadamente 1000 anos de idade, mas os Nefilins não morreriam, se
fossem anjos. E assim começou uma nova raça.
Deus Muda de Opinião?
Enquanto os versos de 1 a 4 destacam a invasão
angélica no início de uma nova super raça, os versos 5 a 7 servem para
informar que a raça humana em geral estava merecendo a intervenção
destrutiva de Deus na história, o dilúvio.
No entanto, é aqui que
encontramos um problema muito sério, pois quase parece que Deus mudou de
opinião, como se a criação do homem fosse um erro colossal de Sua
parte. Vamos, então, colocar a questão “Deus muda de opinião?” Muitos
fatores devem ser considerados.
Primeiro, Deus é imutável, não muda em Sua pessoa, em Sua perfeição, em Seus propósitos e em Suas promessas.
“Deus não é homem para que minta, e nem filho de homem
para que se arrependa. Porventura tendo ele prometido não o fará, ou
tendo ele falado, não o cumprirá?”
(Nm. 23:19)
“Também a glória de Israel não mente, nem se arrepende,
porquanto não é homem, para que se arrependa.” (I Sm. 15:29, cf. também
Sl. 33:11, 102:26-28, Hb. 1:11-12, Ml. 3:6, Rm. 11:29, Hb. 13:8 e Tg.
1:17).
Segundo, há passagens em que “parece” que Deus muda de opinião.
“Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto este povo, e
eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que se
acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma; e de ti farei uma
grande nação... Então, se arrependeu o Senhor do mal que dissera havia
de fazer ao povo.”
(Ex. 32:9-10, 14)
“Viu Deus o que fizerem, como se converteram do seu mal
caminho e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o
fez.”
(Jn. 3:10)
“Então o Senhor se arrependeu disso. Não acontecerá,
disse o Senhor... E o Senhor se arrependeu disso. Também não acontecerá,
disse o Senhor Deus.”
(Am. 7:3, 6)
Terceiro, nesses casos em que Deus “parece” mudar Sua opinião, uma ou mais dessas considerações deve ser aplicada.
Os Nefilins sempre foram figurados na antiguidade. |
De que outra forma, então, o homem poderia
entender o pensamento de Deus em termos e comparações humanas? O “mudar
de opinião” de Deus pode ser apenas a maneira de ver da perspectiva do
homem. Em ambos os textos de Gênesis 22 (cf. os versos 2, 11-12) e de
Êxodo 32, aquilo que Deus propôs foi um teste. Em ambos os casos, Seu
propósito eterno não mudou.
Nos casos onde o julgamento ou a bênção são
prometidos, pode haver uma condição implícita ou explícita. A mensagem
pregada por Jonas aos ninivitas foi um desses casos:
“Começou Jonas a percorrer a cidade de caminho dum dia,
e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. Os
ninivitas creram em Deus e proclamaram um jejum, e vestiram-se de pano
de saco, desde o maior até o menor. Chegou esta notícia ao rei de
Nínive: ele levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais.
cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre a cinza. E fez-se
proclamar e divulgar em Nínive: Por mandato do rei e seus grandes, nem
homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem, os
levem ao pasto, nem bebam água; mas, sejam cobertos de pano de saco,
tanto os homens como os animais, e clamarão fortemente a Deus; e se
converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas
mãos. Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do
furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?”
(Jn. 3:4-9)
Jonas sabia que aquilo que os ninivitas esperavam
era um fato. Eles clamaram por misericórdia e perdão, no caso de Deus
poder ouvir e perdoar. Quando os ninivitas se arrependeram e Deus
demonstrou piedade, Jonas pulou de raiva:
“Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou
irado. E orou ao Senhor e disse: Não foi isso o que eu disse, estando
ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois
sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e
grande em benignidade, e que se arrepende do mal.”
(Jn. 4:1-2)
Jonas sabia ser Deus amoroso e clemente. A mensagem
que ele pregou implicava numa exceção. Se os ninivitas se arrependessem,
Deus os perdoaria. Isto é o que Jeremias escreveu, dizendo:
“No momento em que eu falar acerca de uma nação de ou
de um reino para o arrancar, derribar e destruir, se tal nação se
converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei
do mal que pensava fazer-lhe. E, no momento em que eu falar acerca de
uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar, se ele fizer o que é
mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei
do bem que houvera dito lhe faria.”
(Jr. 18:7-10)
Ainda que o decreto de Deus não possa ser alterado,
devemos admitir que Deus é livre para agir à Sua escolha. Enquanto o
programa de Deus pode mudar, Seus propósitos não
“porque os dons e a
vocação de Deus são irrevogáveis”
(Rm. 11:29)
Deus prometeu levar seu povo à terra de Canaã.
Devido à sua incredulidade a primeira geração não possuiu a terra, mas a
segunda sim. Quando Jesus veio, ofereceu-se a Si mesmo para Israel como
o Messias. A rejeição de Israel tornou possível oferecer o evangelho
aos gentios. Apesar de tudo, quando os propósitos de Deus para os
gentios forem cumpridos, Deus derramará Sua graça e salvação novamente
sobre os judeus. O programa de Deus muda, mas não Seus propósitos (cf.
Rm. 9-11).
Enquanto a vontade de Deus (Seu decreto) não pode
e não muda, Ele é livre para mudar Suas emoções. Gênesis 6:6-7 descreve
a resposta de Deus ao pecado humano. Pesar é a resposta de amor ao
pecado. Deus não é estóico; Ele é uma pessoa que se regozija na salvação
dos homens e em sua obediência, e que se aflige ante a incredulidade e a
desobediência. Enquanto o propósito de Deus para a raça humana nunca
mudou, Sua atitude sim. Certamente um Deus Santo deve sentir-se
diferente com relação ao pecado e com relação à obediência. Esse é o
ponto dos versos seis e sete. Deus é afligido pelo pecado do homem e
suas conseqüências. Mas Deus cumprirá Seus propósitos independentemente
disso. Ainda que tal ação tenha sido decretada desde a eternidade, Deus
nunca se regozijaria nela, mas apenas lamentaria a maldade e a
obstinação do homem.
Uma ilustração similar é a resposta emotiva de nosso Senhor no Jardim do Getsêmani (cf. Mt. 26:36
e ss). Desde a eternidade o Senhor tinha proposto ir à cruz para
comprar a salvação do homem. No entanto, no momento em que Sua agonia se
aproximava Ele temeu. Seu propósito não mudou, mas Sua emoção sim.
O Significado desta Passagem para o Antigo Israel:
Nefilin mumificado. |
“Porei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e o seu descendente”
(Gn. 3:15a)
Israel não ousava esquecer que ocorria uma intensa
batalha, não apenas entre os descendentes de Caim e os de Sete, mas
entre Satanás e o descendente da mulher. Enquanto nós estamos
acostumados a tal ênfase no Novo Testamento, os antigos tinham poucas
referências diretas a Satanás ou a seus assistentes demoníacos (cf.
Gênesis 3, Deuteronômio 32:17, I Crônicas 21:1, Jó 1 e 2, Salmo 106:37, Daniel 10:13, Zacarias 3:1-2).
Esta passagem seria uma vívida lembrança da precisão da Palavra de Deus.
Terceiro, ressaltava a importância de manter sua
pureza racial e espiritual. O remanescente crente em Deus devia ser
preservado. Quando os homens falharam em perceber a importância disto,
Deus teve que julgá-los severamente. À medida em que a nação entrasse na
terra de Canaã, poucas lições poderiam ser mais valiosas do que a
necessidade de separação.
O Significado de Gênesis 6 para os Cristãos de Hoje:
Apesar do Novo Testamento ter muito mais a dizer
sobre as atividades de Satanás e seus demônios, poucos de nós parecem
levar a sério nossa batalha espiritual. Nós realmente cremos que a
igreja possa operar somente com o esforço e a sabedoria humana, ou com
uma pequena ajuda de Deus. Com freqüência tentamos viver a vida
espiritual pelo poder da carne.
Encorajamos as pessoas a dedicarem suas
vidas e a redobrarem seus esforços, mas falhamos em relembrá-las de que
nossa única força é aquela que Deus nos dá.
A batalha travada entre os filhos de Satanás e os filhos de Deus (no sentido do Novo Testamento, Jo. 1:12,
Rm. 8:14, 19) é ainda mais intensa hoje do que o foi nos tempos
antigos.
A condenação de Satanás está selada e seus dias estão contados
(cf. Mt. 8:29).
Vamos, então, nos revestir da armadura espiritual com a qual Deus nos
equipa para a batalha espiritual que travamos (Ef. 6:10-20).
Segundo, vamos aprender que Satanás nos ataca com os
mesmos instrumentos ainda hoje. Não conheço qualquer caso, em nossos
dias, de anjos caídos invadindo a terra em forma humana para promover a
causa de Satanás. Mas apesar disso Satanás trabalha sutilmente através
dos homens.
“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros
fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de se
admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros
de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras.”
(II Co.
11:13-15)
Assim como Satanás procurou corromper os homens ao
se revelar (ou melhor, a seus anjos) na forma de seres humanos
superiores, hoje ele trabalha através dos “anjos de luz”. Nossa
tendência é supor que Satanás só trabalha com eficácia através dos
réprobos. Quase sempre esperamos encontrar Satanás num patético
endemoni-nhado ou num traidor desesperado. É fácil atribuir tais
tragédias a Satanás. Mas o melhor trabalho de Satanás, em minha opinião,
seu trabalho mais comum, é através daqueles pregadores aparentemente
éticos, devotos e religiosos que estão atrás do púlpito, ou assentados
no Conselho, e falam sobre salvação como se falassem dos membros de um
clube ao invés de almas, por meio das obras ao invés da fé. Satanás
continua promovendo sua causa através dos homens que não são o que
aparentam ser.
Nefilin era Vitoriana. |
Ele coloca
sua máscara mais piedosa e usa expressões religiosas. Não procura
abolir a religião, apenas a anula retirando dela seu elemento essencial, a fé no sangue derramado de Jesus Cristo como substituto para os homens
pecaminosos.
Ele prontamente se unirá a qualquer causa religiosa,
contanto que este ingrediente seja omitido, ou distorcido, ou perdido
num labirinto de legalismo ou libertinagem.
Tome cuidado, meu amigo,
pois Satanás está no mundo da religião. Que maneira me-lhor de desviar
almas e cegar as mentes dos homens (II Co. 4:4)?
Onde está sua esperança de imortalidade? Está na sua
descendência? Esse jeito não funcionou para Caim. Está no seu trabalho?
Deseja construir um império ou erigir um monumento ao seu nome? Não
será o último. Todas estas coisas pereceram no dilúvio do julgamento de
Deus. Apenas a fé no Deus da Bíblia e, mais especificamente, no Filho
que Ele mandou, dará imortalidade a você e o libertará da maldição. O
único jeito de se tornar um filho de Deus é através do Filho de Deus.Jesus lhe disse:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.”
(Jo. 4:6)
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O livro do profeta Enoch.
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